Não sei se acontece com você, mas tem acontecido muito comigo. Estou com 62. E parece que o cérebro às vezes dá um tranco. E revolve alguma poeira antiga acumulada lá, no fundo do tonel. Aconteceu agora, minutos atrás, quando eu me sentei diante do computador depois do 4 x 1 contra a Coreia do Sul. De repente, absolutamente do nada, brotou um nome na minha consciência. Etienne Demonte. E eu sabia exatamente quem ele era. Aquilo era uma lembrança de 1973, 49 anos atrás, que borbulhou aleatória no meio do meu dia.
Na década de 70, eu morava com meus pais em Ipanema, na Visconde. Divida o quarto com meu irmão Rodrigo. E a parede de nosso quarto era totalmente coberta com pôsteres colados com cola da farinha de trigo. Eram mapas, fotos de mulheres bonitas (Rose di Primo era a campeã), imagens de ação, explosões, motos, surfe, montanhas e muitos outros. Um desses cartazes era cheio de ilustrações de pássaros, lindas ilustrações, que tinha vindo como encarte em alguma revista que não me lembro. E esse pôster em especial ficava bem na altura dos nossos olhos, e nossa visão frequentemente caía no nome do autor das ilustrações: Etienne Demonte.
Esse foi o nome que inexplicavelmente brotou do fundo minha memória há pouco.
Bastou ir ao Google um momento para saber mais sobre esse grande artista, que nos deixou em 2004. E descobri agora que ele nasceu em Niterói, cidade onde hoje moro:
https://thaisslaski.com.br/etienne-demonte-a-beleza-e-precisao-das-ilustracoes-cientificas/
Mais alguns trabalhos dele: https://bit.ly/3PaGter
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